Alvo da PF em Campinas oferecia imagens de abuso sexual infantil em lives, aponta investigação
PF cumpre mandados na região de Campinas contra rede de exploração sexual infantil
Um dos investigados na operação da Polícia Federal (PF) contra exploração sexual infantil, que cumpriu mandados em três cidades da região nesta terça-feira (18), oferecia imagens de abuso durante transmissões ao vivo, segundo a investigação. As buscas relacionadas a ele ocorreram em Campinas (SP).
"No meio da live, ele apresentava arquivos com conteúdo de abuso sexual e oferecendo para venda. Também nesse endereço [do alvo] em Campinas, foram apreendidos celulares e dispositivos eletrônicos para melhor análise", detalhou a delegada Estela Beraquet Costa.
Ainda de acordo com a delegada, o suspeito foi identificado após uma denúncia anônima feita à PF. Embora haja indícios de que os conteúdos tenham sido comercializados, somente a perícia poderá confirmar se houve, de fato, compartilhamento das imagens pela plataforma.
“Tem muitas pessoas muito instruídas que utilizam e fazem essa prática criminosa. Então, sabem esconder bem para a gente não encontrar logo quando a gente chega. Mas, depois, com uma análise mais profunda, a gente acaba encontrando”, explicou.
Conversas interceptadas
Ao todo, a PF prendeu duas pessoas - uma em Mogi Mirim e outra em Mogi Guaçu - e cumpriu quatro mandados de busca e apreensão. Em todos os endereços, foram apreendidos computadores, celulares e outros equipamentos, que serão enviados à perícia.
A delegada também detalhou que o preso em Mogi Mirim teve conversas interceptadas, nas quais dava a entender que teria cometido um abuso. A prisão ocorreu porque, no momento da abordagem, a pessoa tinha material de exploração sexual infantil.
“De imediato, não foi encontrada nenhuma criança no imóvel que possa ter vínculo com essa conversa. Mas a pessoa foi presa e o material vai ser melhor analisado mais profundamente aqui pelos peritos criminais federais de Campinas”, disse Costa.
Investigação
As decisões foram autorizadas pela Justiça Federal de Campinas. De acordo com os investigadores, as apurações começaram em diferentes frentes, incluindo:
um trabalho de inteligência que identificou usuários ligados à troca de conteúdo criminoso;
uma denúncia enviada ao canal Comunica PF e confirmada após análises técnicas;
indícios de produção de material de exploração, cuja existência será confirmada ou afastada a partir da análise dos dispositivos apreendidos;
e conversas localizadas em grupos virtuais onde arquivos de abuso eram possivelmente vendidos.
"A Polícia Federal reforça a orientação para que pais e responsáveis monitorem o uso da internet por crianças e adolescentes, promovendo práticas seguras e conscientização sobre os riscos associados à navegação em ambientes virtuais", destacou a PF, em nota.
PF prende dois suspeitos e apreende computadores em ação contra exploração sexual infantil no interior de SP
Polícia Federal/Divulgação
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