Coral Negro estreia em São Luís celebrando a força da arte negra
19/11/2025
(Foto: Reprodução) Em celebração ao Mês da Consciência Negra, São Luís recebe o Coral Negro, espetáculo que une música de concerto, canto ancestral e expressão corporal em uma proposta inédita no Maranhão. O grupo apresenta uma experiência sonora e cênica que exalta a força da arte negra, a beleza da diversidade e a potência da ancestralidade.
O projeto é uma realização do Instituto Ylùguere de Educação, Política e Cultura Afro-Brasileira, em parceria com o Ministério da Cultura, com patrocínio da Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e produção do Ateliê dos Sonhos, com apoio da UEMA e da Escola de Música do Bom Menino das Mercês.
Foto Coral Negro
Foto Pink de Cássia
Estreia e apresentações
A estreia do Coral Negro acontece no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, às 19h, na Praça das Sete Palmeiras, na Vila Embratel, com entrada gratuita.
Depois, o grupo se apresenta também:
• 28 de novembro – Praça Nauro Machado, no Centro Histórico, dentro da programação da Viradinha Afro Cultural;
• 15 de dezembro – Unidade Prisional Feminina (UPFEM), em Pedrinhas.
Uma experiência inédita no Maranhão
O espetáculo propõe um diálogo entre a música erudita e os cânticos de matriz africana, construindo uma narrativa que conecta passado, presente e futuro. Inspirado no conceito de Atlântico Negro, de Paul Gilroy, o Coral Negro celebra as expressões da diáspora africana e suas novas formas de comunicar, resistir e existir.
Regência e direção artística
A regência é assinada por Oswaldo Abreu, multi-instrumentista, mestre de bateria, artesão, compositor e produtor. Afro-indígena, formado pela Escola de Música Lilah Lisboa de Araújo e concluinte do curso de Música da UFMA, Oswaldo é reconhecido por unir técnica, sensibilidade e ancestralidade. Foi percussionista do musical João do Vale: O Gênio Improvável, idealizador do Encontro de Compositores de Samba SLZ e mestre da banda afro Ylùguerê.
À frente do Coral Negro, conduz um conjunto plural de vozes que, em sintonia, constroem uma experiência coletiva de memória, pertencimento e liberdade.
Coordenação e formação
O projeto foi idealizado por Walkerlenny Soeiro, mulher negra, cientista social e mestra do Instituto Ylùguere, que assina a Coordenação Geral do espetáculo, trazendo a força matriarcal como direção política e estética da produção.
Além da montagem artística, o Coral Negro oferece oficinas formativas de cultura afro-brasileira, música erudita, voz, corpo, estética afro-brasileira, acessibilidade e identidade. As vivências promoveram encontros entre artistas e educadores, resultando em um processo criativo baseado na escuta, na convivência e na valorização da diversidade.