ONU cobra plano do governo para corrigir falhas de segurança e infraestrutura na COP30

  • 13/11/2025
COP: Profissionais da saúde fazem marcha e confusão é registrada na Blue Zone A Organização das Nações Unidas pediu ao governo brasileiro uma reação rápida para solucionar falhas de segurança e problemas estruturais que têm afetado a COP30, em Belém. A demanda foi feita em uma carta enviada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) a Rui Costa, ministro da Casa Civil, e a André Corrêa do Lago, presidente da conferência. O envio da carta foi divulgado pela agência Bloomberg e confirmado posteriormente pela GloboNews. No documento, o secretário-executivo Simon Stiell relata que a invasão ocorrida na noite de terça-feira — quando um grupo estimado em 150 ativistas entrou no pavilhão, deixou feridos e causou danos — expôs brechas graves no controle do evento. Ele destaca que o efetivo policial estava no local, mas não conteve a ação, e menciona que, na manhã seguinte, novos protestos ocorreram dentro de uma área que deveria ser restrita. A carta descreve uma série de vulnerabilidades, entre elas portas sem monitoramento, contingente de segurança abaixo do necessário e ausência de garantias de resposta rápida das forças federais e estaduais. Para Stiell, esses pontos configuram uma quebra dos compromissos firmados com o país anfitrião sobre o gerenciamento do perímetro da COP. A ONU também chama atenção para problemas de infraestrutura registrados nos últimos dias: calor excessivo em pavilhões, falhas de climatização, infiltrações provocadas pelas chuvas e riscos associados a água próxima de instalações elétricas. Delegações relataram ainda dificuldades operacionais, como espaços improvisados, filas prolongadas para alimentação, pavilhões não finalizados e interrupções no fornecimento de água. Resposta da Casa Civil A Casa Civil da Presidência da República afirmou que “todas as solicitações da ONU têm sido atendidas” após o protesto que marcou o segundo dia da COP30. O órgão, que coordena as atividades relacionadas à cúpula, afirmou que não esteve envolvido "na tomada de decisão das forças de segurança pública referente aos protestos” e que “a segurança interna da Blue Zone está a cargo do Departamento das Nações Unidas para Segurança e Proteção (UNDSS, na sigla em inglês). Segundo o governo, representantes das esferas federal e estadual se reuniram na quarta-feira, 12, com o UNDSS para “a reavaliação dos meios e quantitativos policiais para preservação dos perímetros de segurança Laranja e Vermelha da COP30”, que, de acordo com a nota, “também foram ampliados”. A Casa Civil informou ainda que houve “ampliação do espaço intermediário entre as Zonas Azul e Verde para aumentar a prevenção de incidentes semelhantes”, além de atuação conjunta da Força Nacional e da Polícia Federal nesse trecho. A nota também cita o “fortalecimento do perímetro com instalação de gradis, barreiras metálicas e estruturas de contenção adicionais em pontos vulneráveis”. Sobre o conforto térmico, a Casa Civil diz que houve “instalação de novos aparelhos de ar-condicionado nas tendas” e envio de “unidades adicionais do modelo sprint nas salas com falhas de climatização”. A pasta afirmou ainda que “não houve alagamento do local do evento, e sim ocorrências localizadas, como goteiras”. Segundo o governo, os vazamentos registrados no Media Center e no Posto de Saúde 2 foram causados “por rompimento de calhas”, que já teriam sido “prontamente reparados, com substituição e vedação das estruturas”. A Casa Civil informou que todas as questões operacionais vêm sendo tratadas “diariamente nos pontos de controle realizados em conjunto com a UNFCCC”, o que, segundo a nota, garante “a correção contínua de temas inerentes a um evento dessa dimensão”. Como foi o protesto O incidente ocorreu por volta das 19h20 na terça, logo depois da entrevista coletiva que apresentou o balanço do dia. Um grupo com dezenas de pessoas tentou invadir a blue zone. Os manifestantes passaram pelas portas do pavilhão e tentaram avançar rumo aos espaços onde estavam os participantes da conferência. Eles foram impedidos e acabaram entrando em confronto com os seguranças da COP. Um porta-voz da ONU para Mudanças Climáticas informou ao g1 que equipes de segurança brasileiras e da ONU seguiram todos os protocolos estabelecidos e conseguiram conter a situação. As autoridades dos dois órgãos investigam o caso. "O local está totalmente seguro, e as negociações da conferência continuam normalmente", afirmou o porta-voz da ONU. "O incidente causou ferimentos leves em dois seguranças e pequenos danos à estrutura do local". A pedido da ONU, a Polícia Federal vai instaurar inquérito para investigar a invasão. Imagens das câmeras externas e internas da blue zone foram requisitadas e serão analisadas. Arábia Saudita trava negociações sobre plano para transição energética, dizem observadores da COP30 Manifestantes invadem área da COP30 Ronaldo Brito/Globo Amapá Vídeos do protesto mostram que a tentativa de invasão começou com a aproximação de um grupo que usava trajes indígenas. Eles passaram pelos portões da entrada principal e pela área das máquinas de raio-x. Eles se espalharam pelo saguão, perto da área de credenciamento. Logo na sequência, outros manifestantes carregando bandeiras de coletivos estudantis e faixas de protesto contra a exploração de petróleo chegaram ao espaço da blue zone e também foram contidos pelos seguranças. Protesto na COP Anderson Coelho/Reuters Após correria e bloqueio interno, os manifestantes foram retirados do espaço e as pessoas com credenciais puderam deixar o pavilhão. A segurança foi reforçada com o deslocamento de carros da Polícia Militar. Não há informações de detidos. O secretário extraordinário da COP30, Valter Correia, afirmou que a organização da conferência estava tomando todas as providências sobre o tema. "A ONU tem todos os seus protocolos de segurança. (...) Nós fazemos os pactos pacíficos de convivência com os movimentos e eles (segurança da ONU) estão aqui para garantir a segurança", afirmou. Após a confusão, autoridades federais e da ONU se reuniram para discutir o incidente. A entrada de trabalhadores noturnos no pavilhão foi adiada. Após a confusão, autoridades federais e da ONU se reuniram para discutir o incidente. A entrada de trabalhadores noturnos no pavilhão foi adiada. Barbara Carvalho/GloboNews Marcha Saúde e Clima nega relação Nesta tarde, o parque onde ocorre a COP foi o destino final da Marcha Global Saúde e Clima. A organização da Marcha informou ao g1 Pará que cerca de 3 mil pessoas participaram da caminhada em um percurso de 1,5 km. "As organizações que integram a Marcha Global Saúde e Clima vêm a público esclarecer que não têm qualquer relação com o episódio ocorrido na entrada da Zona Azul da COP30 após o encerramento da marcha", informaram os organizadores do evento. A Marcha saiu da Avenida Duque de Caxias até a sede da COP30. A manifestação envolveu médicos, enfermeiros, estudantes, lideranças indígenas e representantes de movimentos sociais pedindo políticas de saúde pública. Homem ferido na testa na COP30. Lizandra Rodrigues Seguranças isolam área na Blue Zone. Paula Paiva Paulo

FONTE: https://g1.globo.com/meio-ambiente/cop-30/noticia/2025/11/13/onu-cobra-plano-do-governo-para-corrigir-falhas-de-seguranca-e-infraestrutura-na-cop30.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. Raridade

Anderson Freire

top2
2. Advogado Fiel

Bruna Karla

top3
3. Casa do pai

Aline Barros

top4
4. Acalma o meu coração

Anderson Freire

top5
5. Ressuscita-me

Aline Barros

Anunciantes