Por temor de guerra, Polônia anuncia treinamento de militar de 400 mil pessoas em 2026
06/11/2025
(Foto: Reprodução) Militares fazem teste com lançador de sistema de defesa na Polônia, em setembro de 2025.
Kacper Pempe/ Reuters
Vizinha da Ucrânia, a Polônia lançará um novo programa de treinamento militar este mês que preparará 400 mil pessoas em 2026 para eventuais conflitos em seu território, anunciou nesta quinta-feira (6) o Ministério da Defesa.
Impulsionada pela invasão do país vizinho pela Rússia, a Polônia agora investe mais do seu PIB em defesa do que qualquer outro membro da Otan. O país se tornou a terceira maior força militar da aliança, com 216 mil militares, e planeja expandir suas tropas em quase um terço na próxima década.
Apelidado pelo Ministro da Defesa, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, de "o maior treinamento de defesa da história da Polônia", o programa "Em Prontidão" será voluntário e aberto a todos os cidadãos – de estudantes a adultos que trabalham, empresas e idosos.
O programa oferecerá um curso básico de segurança, treinamento de sobrevivência, instruções médicas e aulas de cibersegurança.
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"Só em novembro e dezembro (...) treinaremos cerca de 20.000 pessoas individualmente, mas o número total..., considerando todas as modalidades de treinamento, é de aproximadamente 100.000 pessoas", declarou o vice-ministro da Defesa, Cezary Tomczyk, em uma conferência.
O ministério planeja treinar aproximadamente 400.000 pessoas no próximo ano "individualmente, em grupos, como parte do programa 'Educação com o Exército', treinamento de reservistas e serviço militar obrigatório voluntário", acrescentou Tomczyk.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Polônia, Wieslaw Kukula, afirmou que o programa tem dois objetivos principais: fortalecer a resiliência dos cidadãos e das comunidades e aumentar a disponibilidade, o preparo e a capacidade das reservas.
O programa foi anunciado inicialmente pelo primeiro-ministro Donald Tusk em março, com o objetivo de "construir um exército de reservistas" em meio às crescentes preocupações com a segurança após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
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