São Bernardo: operação da PF contra corrupção na prefeitura completa 1 mês com principal alvo ainda foragido

  • 15/09/2025
(Foto: Reprodução)
Paulo Iran Paulino Costa é acusado pela PF de ser operador do esquema de corrupção que afastou o prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima (Podemos), do cargo no mês passado. Montagem/g1/Reprodução/TV Globo/Câmara dos Deputados A megaoperação da Polícia Federal (PF) que revelou um esquema de corrupção dentro da Prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, completou um mês no domingo (14) com o principal líder do esquema ainda foragido da Justiça. Outros três suspeitos de envolvimento no esquema, que estavam presos preventivamente, conseguiram liberdade provisória. (Leia mais abaixo.) 🔎 Contexto: O esquema, segundo a PF, funcionava por meio de uma complexa organização criminosa com o objetivo de desviar recursos públicos e lavar dinheiro, envolvendo empresas nas áreas de obras, saúde e manutenção que mantêm contratos com a prefeitura e a Fundação ABC. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp O ex-servidor público da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Paulo Iran Paulino Costa, é apontado pela PF como operador financeiro e ainda não foi encontrado pelas autoridades. De acordo com a PF, Paulo Iran coordenava o desvio de recursos públicos da prefeitura, controlava o fluxo da propina e pagava diversas despesas pessoais do prefeito afastado da cidade, Marcelo Lima (Podemos), e da família dele. A investigação teve início quando agentes encontraram na casa de Paulo Iran a quantia de quase R$ 14 milhões em espécie. A descoberta aconteceu por acaso, enquanto os federais realizavam uma operação no prédio onde ele morava, em 7 de julho. Uma parte do dinheiro sem comprovação de origem estava no carro dele e a outra no apartamento, onde a Polícia também encontrou anotações a mão e em post-its para onde o dinheiro estava sendo destinado. A prisão preventiva de Paulo Iran foi decretada pela Justiça, mas ele não se apresentou às autoridades. A defesa dele impetrou um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e também no Supremo Tribunal Federal (STF), mas não obteve nenhuma decisão favorável. Procurada, a defesa dele afirmou que a PF não possuía ordem judicial para entrar na residência de Paulo Iran em julho, por isso "buscará nos autos a nulidade da apreensão e de todas as provas dela derivadas". "Os agentes cometeram verdadeira pescaria probatória, o que é vedado pelos nossos tribunais", ainda declarou o advogado Fernando Agrela Araneo, que representa o investigado. Exonerado da Alesp em 15 de agosto, ele estava lotado no gabinete do deputado estadual Rodrigo Moraes (PL), recebendo o salário bruto de R$ 8.419,42 antes de ser demitido pelo parlamentar. Por nota, o deputado do PL afirmou que “assim que tomou conhecimento através da imprensa de investigações e suspeita de envolvimento do servidor Paulo Iran em qualquer questão que envolve investigações na cidade de São Bernardo já tomou as devidas providências de exoneração”. LEIA TAMBÉM: Quem é Jéssica Cormick, a vice-prefeita que assume São Bernardo após afastamento do prefeito por suspeita de corrupção Prefeito de São Bernardo afastado foi vice por seis anos e assumiu a cidade em janeiro após derrotar PT e bolsonaristas; veja perfil Esquema de corrupção envolvendo Marcelo Lima tinha celulares clandestinos e códigos em São Bernardo; entenda o funcionamento MP-SP denuncia prefeito afastado de São Bernardo, Marcelo Lima, por organização criminosa e lavagem de dinheiro Entenda esquema de corrupção que afastou prefeito de São Bernardo do Campo Três libertados pela Justiça Outros três suspeitos de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro e corrupção conseguiram liberdade provisória, após decisões monocráticas de habeas corpus decididas pelo STJ. Nas decisões, o judiciário considerou que os investigados são réus primários e não oferecem risco à sociedade. Além disso, os crimes pelos quais são investigados não envolvem grave ameaça ou violência. São eles: Caio Henrique Pereira Fabbri: sócio da Quality Medical Comércio e Distribuidora de Medicamentos Ltda. Edmilson Carvalho: empresário e sócio da Terraplanagem Alzira Franco Ltda. Antônio Rene da Silva Chagas: diretor de Departamento na Secretaria de Coordenação Governamental. Os investigados devem cumprir algumas medidas cautelares, como comparecer periodicamente ao fórum, não se ausentar do estado de São Paulo por mais de sete dias sem comunicação prévia, não manter contato com os demais investigados e testemunhas, entre outras restrições. Segundo a investigação, Antônio Rene é peça fundamental no esquema e atuava com Paulo Iran na arrecadação e no repasse dos recursos. Eles se comunicavam por celulares "clandestinos" e códigos especiais para impedir a identificação dos envolvidos. Já Caio Henrique é sócio da Quality Medical, empresa investigada por supostas irregularidades em contratos públicos e pela movimentação de grandes quantias em dinheiro, com indícios de improbidade administrativa e participação em crimes financeiros, como lavagem de dinheiro. Edmilson é investigado por suposta participação em uma organização criminosa envolvida na movimentação e desvio de valores ilícitos em espécie, que teriam origem em contratos públicos com a prefeitura e a Fundação ABC. O g1 tenta contato com as defesa de Antônio Rene, Caio Henrique e Edmilson. Dinheiro apreendido pela PF nesta quinta-feira (14), em endereços ligados a empresários e servidores que participavam do esquema de corrupção em São Bernardo do Campo (SP). Montagem/g1/Reprodução/TV Globo

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/09/15/sao-bernardo-operacao-da-pf-contra-corrupcao-na-prefeitura-completa-1-mes-com-principal-alvo-ainda-foragido.ghtml


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