TERMÔMETRO DA COP30 #DIA 1: boletim do g1 mostra o que esperar da cúpula em Belém

  • 10/11/2025
(Foto: Reprodução)
Boletim g1 COP30: saiba como o aquecimento global pode afetar a saúde Olá, aqui quem escreve é Roberto Peixoto, repórter de Meio Ambiente no g1. Este é o Termômetro da COP30, edição #DIA 1, um boletim com o essencial que você precisa saber sobre a Conferência do Clima em Belém, que começa oficialmente hoje. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Para facilitar, vamos com tudo bem resumido em 7 tópicos. Na edição desta segunda-feira (10), teremos a explicação do que é "roadmap", respondemos o que está acontecendo com as metas climáticas e mais. 1 - Em alta X em baixa EM ALTA: 🌳Mesmo com adesão parcial, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) foi o destaque da Cúpula dos Líderes. Idealizado pelo Brasil, o mecanismo quer pagar países tropicais por manterem florestas em pé e já soma US$ 5,5 bi em compromissos - Noruega (US$ 3 bi), Indonésia (US$ 1 bi), Brasil (US$ 1 bi) e França (€ 500 mi) - destinando 20% a povos indígenas e comunidades tradicionais. O Brasil quer chegar a 2026 com US$ 10 bi em aportes. EM BAIXA: ⛽ Mesmo com toda a empolgação em torno do “Belém 4X”, lançado para quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis até 2035, o silêncio sobre o fim dos fósseis chamou atenção. Brasil, Itália e Japão lideram a iniciativa, mas especialistas lembram que não dá pra falar em transição justa enquanto o petróleo segue no centro da economia. 2 - Brisa de esperança Há dez anos, quase todos os países do mundo se reuniram em Paris e prometeram conter o aquecimento global bem abaixo de 2 °C. De lá para cá, o planeta emitiu cerca de 300 gigatoneladas de carbono, e o uso de combustíveis fósseis ainda cresce. Mesmo assim, há sinais de avanço. Pela primeira vez, em 2025, a energia renovável superou o carvão como principal fonte de eletricidade no mundo. Como cada tonelada de poluição evitada torna o planeta um pouco mais seguro, a missão agora da COP30 é acelerar a transição e garantir que ela seja rápida e justa, antes que a promessa de Paris se torne apenas memória. (Saiba mais sobre o que é transição energética lendo essa reportagem) Painéis de energia solar cobrem campo de Yinchuan, na região autônoma de Ningxia Hui, na China Reuters/Stringer 3 - Traduz aí, g1 O QUE É O MAPA DO CAMINHO: Você vai ouvir muito falar nesse termo durante a COP30. Ele não é só um jargão diplomático: é o jeito de dizer que o mundo precisa de um plano real, com etapas e prazos, para reverter o desmatamento, reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e financiar essa transição energética. Na prática, o roadmap (em inglês) é um roteiro político e técnico: quem faz o quê, até quando e com quais recursos. A expectativa agora é saber se Belém vai conseguir transformar esse discurso em resultado. Para muitos especialistas, sair da COP30 com um mapa do caminho global pode ser a principal medida de sucesso da conferência. 4 - Pergunta do dia: e as metas climáticas? Até agora, pouco mais de 100 países enviaram suas novas metas para 2035 (as chamadas NDCs). Mas a maioria ainda está longe do necessário para conter o aquecimento global. Para especialistas e organizações ambientais, Belém não pode ser mais uma COP protocolar. A conferência precisa restaurar a confiança no Acordo de Paris e entregar respostas políticas de alto nível, com metas mais ambiciosas e planos reais para esta década. 🌎ENTENDA: As NDCs são as metas climáticas dos países. Elas tem como principal objetivo manter o aquecimento global do planeta bem abaixo de 2°C até o final do século e buscar esforços para limitar esse aumento até 1.5°C, algo cada vez mais desafiador. Precisamos que todos esses compromissos saiam do papel: que os países que ainda não apresentaram suas metas o façam, e que aqueles que já entregaram, mas com ambições limitadas, revejam e fortaleçam seus compromissos climáticos. Quer mandar sua pergunta? Envie pelo VC no g1. 5 - Fóssil do dia Manifestantes anunciam o “Fóssil do Dia” para o Brasil durante a COP23, em Bonn, na Alemanha, em 16 de novembro de 2017. Na época, o país foi criticado por propor subsídios bilionários à exploração de petróleo na camada do pré-sal. John Englart 🦖 O "Fóssil do dia" é um "prêmio" é simbólico e irônico, concedido uma vez por dia durante as conferências climáticas da ONU. A cada dia, o título vai para o país que mais atrapalhou as negociações ou tomou decisões contrárias ao avanço da agenda climática. O prêmio não faz parte da programação oficial da COP, ele é concedido pela Climate Action Network, uma rede que reúne mais de 1,3 mil organizações da sociedade civil em mais de 130 países. Nesta segunda, a expectativa é saber quem será o primeiro “vencedor” da COP30. (Leia a reportagem) 6 - Você precisa conhecer Museu do Artesanato Paraense destaca arte e sustentabilidade durante a COP30 Agência Pará Vale parar um minuto e ler o Guia Cultural da COP30, preparado pelo g1 Pará. A reportagem mostra como Belém se transformou durante a conferência: uma cidade inteira respirando arte, música e Amazônia. Enquanto as negociações sobre o clima acontecem dentro dos pavilhões, fora deles a capital paraense ganha vida com exposições, feiras, festivais, debates e até uma praça flutuante sobre o rio Guamá. O guia reúne os principais eventos gratuitos, de mostras de cinema e rodas de conversa a experiências sustentáveis espalhadas por toda a cidade. É uma leitura que vale tanto pra quem vai estar em Belém quanto pra quem quer entender o espírito da COP30, não só nas salas de conferência, mas também nas ruas e nas águas da Amazônia. Leia aqui. 7 - Além da imagem Pessoas reagem a bordo de um barco após a chegada, em Belém, de uma flotilha com representantes indígenas de toda a América Latina, antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), no Brasil, em 9 de novembro de 2025. REUTERS/Adriano Machado MAIS DO QUE UMA FOTO: A imagem acima mostra uma flotilha indígena chegando a Belém, neste último domingo (9), às vésperas da COP30. É importante porque simboliza a presença direta dessas comunidades em um evento que costuma ser dominado por governos e negociadores. Estima-se que cerca de 3 mil indígenas participem da conferência, o maior número já registrado em uma COP, com mil deles integrando oficialmente as negociações climáticas. Amanhã, acompanhe mais um TERMÔMETRO DA COP30 com um apanhado de tudo o que foi discutido no primeiro dia da cúpula. Até lá! LEIA TAMBÉM: Preços de hospedagem caem quase 50% em Belém às vésperas da COP 30, aponta Airbnb Cúpula de Belém surpreende ao trazer de volta o petróleo para o foco das negociações da COP Tornado, ciclone, furacão: entenda as diferenças entre os fenômenos meteorológicos

FONTE: https://g1.globo.com/meio-ambiente/cop-30/noticia/2025/11/10/termometro-da-cop30-dia-1-boletim-do-g1-mostra-o-que-esperar-da-cupula-em-belem.ghtml


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